Boas vindas

O objetivo principal deste blog é edificar vidas.

Os artigos e informações aqui contidas visam tão somente tornar as pessoas mais conscientes de si; seguras na busca do entendimento sobre o mundo, os fatos, as pessoas; acreditem mais na construção de um mundo melhor e na beleza da criatura humana. Bom proveito !

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domingo, 22 de janeiro de 2012

Carnaval: seus encantos e preocupações

Existem muitas maneiras ou motivos para tornar o carnaval inesquecível, que deixa uma saudade enorme bem dentro do peito. Às vezes, porque reatamos uma amizade; encontramos uma pessoa para amar de verdade; descobrimos os encantos da amizade e do relacionamento humano; (des)cansamos bastante; retornamos com a nossa consciência tranquila; os gastos foram dentro do esperado; não houve nenhum contratempo e nenhuma perda ou sofrimento; curtimos bastante as alegrias próprias da data; brindamos com os amigos e a família; o casal aproveitou bastante; os filhos curtiram muito; teve tempo para reflexão e tantas outras coisas mais. Ou seja, tudo beleza, um encanto de doces recordações. Esse foi um carnaval que deixou saudade por ter sido todo ele uma maravilha. Mas, nem sempre é assim! Às vezes a saudade é apenas parcial, só de alguns momentos bons, pois algo não esperado aconteceu, anulando sobremaneira o que de bom tenha acontecido. Trata-se de perdas irreparáveis, amargas e dolosas, que neste artigo não pretendo destacar. Apenas, aproveito a oportunidade para me solidarizar com quem por isso passou. Desejo a superação e, o mais importante, grande aprendizado. Bola para frente, cabeça erguida. A vida continua. Ela é bela e tem seus encantos. É só agente procurar evitar complicá-la. Agora, vamos focar o próximo carnaval. Ele está chegando. E vem ai com tudo. Já está, pois, no momento de se preparar, nos mínimos detalhes, e ter bastante cuidado para que ele aconteça de forma maravilhosa, evitando assim, falhas e erros.  Com certeza, ninguém pode adivinhar exatamente o que vai acontecer no próximo carnaval. Uma coisa, porém podemos fazer: agir previamente, tomando atitudes que farão uma grande diferença, tanto na nossa vida, como na daqueles que amamos. Os dados sobre os carnavais anteriores, não nos são favoráveis. Em 2010 foram registradas 87 mortes violentas, sendo 41 homicídios, 31 vítimas de trânsito, 9 afogamentos e 6 suicídios. Em 2011, 86 mortes violentas, sendo 52 homicídios, 11 vítimas de trânsito, 12 afogamentos, 4 suicídios e 7 diversos (choque, queda...). As causas, quase na sua totalidade, são provenientes do uso da droga, do álcool e da falta de educação. Se algo não for feito, os dados se repetirão e pode nos atingir ou atingir um dos nossos. Mas, essas causas são tratáveis, portanto, modificáveis. Basta, para tanto, agir com rapidez, orientando as pessoas que nos são próximas, a terem determinados cuidados. É um crime ficar calado diante dessa situação. Daí a necessidade de ações conscientizadoras para uma comemoração saudável e feliz, onde todos voltam do feriado em paz e dispostos a recomeçar suas atividades com uma agradável sensação e a consciência tranqüila. De posse das recomendações deste artigo, entre em contato com seus amigos, familiares, colega de estudo, de trabalho e fale sobre o assunto. Utilize todos os meios que você achar mais adequado. Pode ser pessoalmente, por telefone, e-mail, facebook, twitter, redes sociais etc. Recomende a ter cuidado e peça para repassar ao maior número possível de pessoas as atitudes a serem tomadas para que todos tenham um carnaval saudável.   Eis algumas sugestões de tópicos para você pensar e repassar. 1- Não permita que, nas alegrias do carnaval, alguma coisa prejudique o seu projeto de vida. 2- Se você é solteiro (a), mas tem compromisso de amar alguém, não troque de amor no carnaval. Fidelidade inicia-se no namoro. 3- Mantenha o seu compromisso de amor e respeito ao cônjuge e aos filhos. Evite aventura amorosa. Essa aventura pode dar início à destruição de uma família. 4- Seja cauteloso na convivência com desconhecidos. É importante manter a sábia distância. 5- Redobre a atenção no trânsito, viajando ou na cidade. O número de morte no trânsito é assustador. 6- Tenha muita precaução ao tomar banho de mar, rio, açude, lagoa. O índice de afogamento no carnaval é altíssimo. 7- Evite o uso ou aproximação de drogas. O nome já está dizendo: é uma DROGA. E como tal estraga, complica e destrói a vida! 8- Na brincadeira seja moderado. Pratique o respeito ao outro. 9- Procure não se envolver em discussões, tumulto e briga. Lesões e homicídios marcam forte presença no carnaval. 10- Comunique a seus pais, irmãos, cônjuge aonde você vai, quando volta e como será um possível contato, caso aconteça algo não esperado. 11- Lembre-se e nunca esqueça: a vida não começa nem termina no carnaval! Este ano de 2012 tem 366 dias e o carnaval são apenas 4 dias. Que tal primar pela excelência de vida nos demais dias? Esses tópicos são apenas sugestões. Só para abrir a nossa mente e ampliar nossa visão sobre o carnaval. O ideal é que você crie outros tópicos e divulgue o mais que puder. Você pode salvar vidas e estará fazendo alguma coisa para o carnaval se tornar mais saudável, tranqüilo e com excelente retorno. Faça a sua parte, VALE A PENA!

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tristeza amorosa

Escrever sobre relações amorosas não é nada fácil. Exige conhecimento, ponderação, sinceridade, dignidade, respeito à individualidade, muita sensibilidade e bastante compreensão humana. A dificuldade consiste na subjetividade que envolve a relação amorosa. Já escrevi dois artigos sobre o assunto. Estou relendo com cuidado para proceder a inclusão neste blog. Mas, agora abro espaço, neste momento, para brindar você com a obra prima que acabo de ler, escrita pela articulista, psicóloga, pedagoga e sexóloga, ZENILCE VIEIRA BRUNO, na página de Opinião, do Jornal O Povo do dia 15.01.2012. Com a permissão dada por ela, passo para você o precioso texto.
Resolvi neste início de ano escrever sobre os temas mais solicitados e comentados dos leitores. Tenciono ir desaquecendo aos poucos meu papel de articulista e assim vou tentando fechar algumas idéias e emoções. Procurando, é claro, deixar sempre um espaço em aberto para o preenchimento poético do leitor. Um artigo vale mais pelas questões que suscita. Assim sendo, o mérito não está na saturação das respostas e sim na pertinência das indagações. O mais saboroso é o mistério das entrelinhas que as palavras não conseguem dizer, mas insinuam.
Tenho questionado o que há de encontro e de sexualidade em toda essa forma que prolifera, de erotismo industrializado que vai assumindo cada vez mais a fugacidade da relação. Estamos na época do “voyeurismo” típico dos tempos de Madonna, da “pegação” dos strippers e dos extrassexuais, que ofertam e buscam libidinagem sem sexo, da “ficação” fortuita com alguém numa noitada, tudo encaminhando experiências em forma de relações objeto, destituídas do relacional com o outro como sujeito. Nesse modelo, nem importa saber o nome de quem se toca, afaga ou beija e quantos corpos se tocam numa mesma noite.
A identidade se perde nesse identificador de personagens e cede lugar ao uso do corpo para meras sensações. Até mesmo uma “androginia de visuais” confunde as pessoas nessas orgias em que nem se sabe se é atraído pelo masculino ou pelo feminino. Tudo levando a crer que a “livre expressão libidinal” industrializada e lucrativa supõe um corpo objeto, um consumo de imagens e sensações, não emoções partilhadas no relacional. Essa simulação, essa caricatura, promove formas de sexualidade, não relações. Isso interessa ao sistema que aplaude a superficialização dos cidadãos. Ciro Marcondes acha que é nessa aparência de sexualizar que se dá a dessexualização, pela redução do sexo ao mecânico, ao automático, repetitivo e vazio.
Assistimos a uma espécie de diminuição das relações apaixonadas, e até mesmo o desenvolvimento do medo da experiência mais profunda, da emoção inevitável, do doer de paixão. É grande, hoje, a evitação do envolvimento amoroso, o descompromisso com a emoção e com a pessoa e, em troca, elegem-se experiências passageiras, nenhuma verticalização do sentimento.

Mas é grande também a insatisfação, filha do vazio que resulta do não encontro. Vivemos, assim, uma tristeza amorosa. Saímos da era dos impedimentos para uma era da produção de liberdades que nega a paixão, o utópico, o metafórico, o extasiante, a dimensão onírica da pessoa.
O tema evidencia que a paixão carece de obstáculos a serem superados e que os apaixonados os enfrentam numa arrojada dinâmica do impossível. O mito de Eros defende que o amor não pode crescer sem paixão. Diante disso, questiono: que obstáculos têm hoje os amantes a enfrentar, considerando-se que toda libidinagem está posta à mesa, ao consumo e ao lucro de investidores e consumidores modernos?
São frágeis os limites postos pela família e sociedade para consumos libidinosos. Uma filosofia da “facilidade” erradica os impedimentos. Mas é curioso observar que vivemos intensamente enquanto temos razões para lutar. Se não há mais barreiras contra as quais se opor, vive-se superficialmente.
“Como é que vou crescer sem ter com quem me rebelar?”, cantava o grupo
Ultraje a Rigor”.
É triste, pois constatar, como disse a autora, que "Assistimos a uma espécie de diminuição das relações apaixonadas, e até mesmo o desenvolvimento do medo da experiência mais profunda, do doer de paixão".
Parabéns à autora, Zenilce Vieira Bruno. O texto é maravilhoso e muito edificante. Digno de ser bastante divulgado. Fiz a minha parte. Agora, por favor, faça a sua.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

domingo, 15 de janeiro de 2012

A tal da palmada


Diante de qualquer fato novo, seja ele social, profissional ou familiar, a minha postura sempre tem sido moderada. Analiso, entendo e me posiciono com naturalidade. Não me impressiono facilmente. É como se nada me espantasse. Eu apenas analiso, procuro entender e me posiciono. Daí não apreciar muito quem de tudo que acontece, faz uma grande celeuma, transformando o fato em um problemão. Não rejeito essas pessoas, pelo contrário, tenho a maior paciência com elas e procuro diminuir um pouco a sua ansiedade ou medo. É essa a minha intenção ao comentar a lei recentemente aprovada na Câmara Federal, conhecida popularmente como a ¨lei da palmada ¨. Para quem não sabe, trata-se de um Projeto de Lei, aprovado em 14/12/2011, por unanimidade na Comissão Especial da Câmara Federal, indo agora para o Senado, podendo ser aprovado ou não, e que consiste na alteração do Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa alteração entra em mais detalhes sobre o que é considerado crime, no trato disciplinar dos pais junto aos filhos. Ficou claro agora que a utilização de violência física ou psicológica de pais contra filho, ou seja, ¨qualquer atitude que cause dor ou sofrimento à criança ¨. Dai, por dedução, inclui-se a palmada. Isso quer dizer que se for aprovado pelo Senado e tornar-se lei, a palmada poderá ser ou não caracterizada como uma violência á criança. Nessa hipótese, se houver denúncia, o Conselho Tutelar irá analisar se realmente o ato foi violente ou não, podendo encaminhar ou não ao Ministério Público que, por sua vez, emitirá um Parecer, cabendo ao Juiz decidir pela existência ou não de maus tratos. Como se percebe, aparentemente, um simples ato educativo visando dar limite ao filho, poderá trazer grandes aborrecimentos aos pais. Mas, não é bem assim. Temo que agora os pais fiquem perdidos, acuados, sem saber mais como proceder. Isso causaria um caos nas famílias e a sociedade, mais tarde, sofreria as conseqüências dessa insegurança. Na década de 70, algo semelhante aconteceu, em três áreas diferentes. Uma, quando a famosa ¨ psicologia moderna ¨ deixou os pais inseguros, ao alegar que limite poderia trazer traumas. Só depois, bem depois, é que a psicologia moderou o conceito de traumas, surgindo assim o equilíbrio. O mesmo aconteceu com a matemática moderna, quando caçulos e números foram substituídos por noção de conjunto, que dominou quase o conteúdo de todas as séries, só vindo o equilíbrio, décadas depois. O outro fenômeno ocorreu com o ensino da língua portuguesa, quando, até certo ponto, foi dado um desprezo à gramática e uma supervalorização a produção de textos. Mas, graças a Deus veio o equilíbrio, quando se descobriu que ambas eram necessárias. É assim que tem acontecido com a sociedade ao notar uma falha (excesso de limites, cálculos e gramática) parte para o extremo, difundindo e supervalorizando novos conceitos (liberdade, conjuntos e produção textual). Tudo isso seria perfeito se a mudança não fosse tão radical e exagerada, ao ponto de menosprezar o que continha de valor nas experiências anteriores. Esse reconhecimento, quase sempre, só ocorre quando o prejuízo social já é muito grande. Ai vem o equilíbrio: diminui-se a ênfase exagerada dada a nova experiência e recorre-se a experiência anterior tirando dela o que havia de precioso. Mas, vamos voltar a tal da palmada. Nos primórdios da convivência humana, o castigo físico era bastante usado para punir quem não obedecia à determinada instrução. Isso era ponto pacífico. A própria bíblia recomenda disciplinar os filhos, embora, acredito, com equilíbrio, pois moderação e bom senso sempre permearam as orientações bíblicas. Essa forma de punir, por ser aceita pela sociedade, não escandalizava ninguém. Podemos dizer que não tinha contra indicação. Assim, permaneceu por longo tempo. Inclusive, eu mesmo ainda vivenciei um pouco dessa fase. Na escola do tempo que eu estudava, a sala de aula consistia em uma mesa, caixa de giz, lousa e... uma PALMATÓRIA! E o pior, não era utilizada apenas como forma de punir a indisciplina, pois nesse caso havia outros castigos, tais como ficar “preso” por determinado tempo em uma sala escura; ficar de costa para a turma e de frente para a parede; com os braços abertos sem direito a descanso e com a obrigação de mantê-los sempre altos; de joelho em piso duro por um bom tempo e tantos outros. A palmatória era utilizada mais como forma de saber se o aluno havia estudado a matéria em casa, se fez o dever. Portanto era uma forma “didática” de forçar o estudo. Se, ao ser argüido, não soubesse responder, levaria determinado número de palmadas. Come se percebe, a ênfase era o sofrimento. Isso deixava o aluno sujeito aos caprichos e maldades de cada professor ou da própria direção da escola. Isso não era justo. Ainda bem que a sociedade evoluiu e proibiu esse tipo de punição. Hoje, essa prática seria ridícula. Hoje, o conceito de direitos fundamentais da criatura humana foi ampliado e bem definido. No início, a necessidade básica do homem era apenas a alimentação; depois; segurança; foi ampliado para moradia; continuou aumentando: saúde, educação, dignidade, respeito, direito ao silêncio (sem barulho), de ser feliz e..., com certeza não vai parar ai. Há estudiosos que agrupam essas necessidades ou direitos em quatro dimensões ou gerações. Os problemas modernos geraram uma nova concepção de direitos humanos. Isso foi muito evidente na Revolução Francesa, espalhou-se por toda Europa e América, sendo hoje uma bandeira de quase todas as nações. Aqui em nosso país os direitos fundamentais das pessoas tornaram-se muito defendido a partir da década de oitenta. Hoje, ninguém admite mais castigo que resulte em sofrimento. Dai ter surgido, em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente protegendo a criança de maus tratos e agora alterado para definir o que significa maus tratos, dentre ela “o que causa sofrimento e deixa marcas”. Ela veio para dizer aos pais que eles têm direito de educar os filhos da forma que acharem mais adequada, deste que respeite os limites da lei. A sociedade hoje não entende como absoluto o direito dos pais sobre os filhos. E essa lei foi proposta exatamente para inibir os que utilizam de violência para educar os filhos. Isso porque ficou constatado que era exatamente no recinto do lar que ocorria o maior número de violência contra as crianças (e mulheres). Surgiu, pois, para corrigir exageros e evitar absurdos, estatisticamente comprovados. Inclusive, presenciamos ao longo das greves de 2011, que nas manifestações públicas, muita delas conflituosas, os grevistas utilizavam seus filhos menores para se defenderem ou sensibilizarem a opinião pública ou inibir reações da parte contrária. Os órgãos de defesa da criança e do adolescente condenaram, de forma contundente em nota pública, esse tipo de conduta. A perdurar essa prática, já, já surgirá um movimento pedindo que haja uma lei proibindo esse procedimento. E isso vai incomodar a muita gente e novas inquietações surgirão. O fato é que, nós que somos moderados, amamos nossos filhos, respeitamos os seus direitos e sua individualidade, não devemos temer a vigência dessa lei ou de outra que venha a surgir, disciplinando essa ou aquela situação.  Não é bom que perdure a inquietude sobre os efeitos da Lei da Palmada, pois essa postura só traz desconforto e incômodo os pais, prejudicando sobremaneira a educação dos filhos. Por esta razão, na condição de Educador e Advogado, recorro à figura do Apóstolo Paulo, que durante a realização do seu trabalho missionário, teve confrontos seríssimos com as autoridades locais e soube muito bem, com ousadia e coragem, invocar a legislação vigente, para se sair vitoriosamente de situações bem difíceis. Portanto, semelhante ao Apóstolo Paulo, não devemos temer a Lei. Ela não foi elaborada para prejudicar o educador e sim, para punir o malfeitor. Continuemos, pois, o nosso trabalho, aliás, abençoado trabalho de educar nossos filhos, sem temor e insegurança, com muita coragem e equilíbrio, convictos que o nosso empenho não será em vão, uma vez que a missão de educar faz parte do plano de Deus para edificar e restaurar a criatura humana. É essa a mensagem deste artigo.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Afirmações significativas de "Celebridades"

Tenho o hábito de ler tudo que passa por minhas mãos. Qualquer que seja o assunto. Trata-se de um forte desejo de conhecer e aprender mais e mais. Para atender esse desejo, tenho muitas assinaturas de periódicos e grande quantidade de livros. Variedade é, pois, a minha política de leitura. Assim, conheço um pouco a respeito de muita coisa e seleciono algumas para me aprofundar nelas. Com essa filosofia de vida, leio quase todas entrevistas com os mais diversos profissionais. É bom conhecer o que a pessoas pensam. Desejo destacar aqui a mais recente que li. Trata-se da matéria publicada pela Revista Estilo de Vida, da Editora Abril, com o título “Causa Nobre”. Ela apresenta seis “famosos” que têm sentimentos de generosidade, doação e solidariedade, não apenas no Natal, mas O ANO INTEIRO. Gostei muito de todos eles. Um deles me chamou a atenção. Foi o trabalho realizado pela atriz Cléo Pires e a expressão de seus sentimentos, quando afirma: “Pessoas que acreditam em um mundo melhor e fazem esforço para que isso aconteça tocam a minha alma”. Este sentimento da atriz, também tocou a minha alma, por um motivo muito simples: admiro profundamente as pessoas que “acreditam em um mundo melhor e fazem a sua parte lutando para que isso aconteça”. Foi esse sentimento que norteou toda a minha existência. Baseado nessa premissa de “um mundo melhor é possível” é que surgiu este blog. Isso é fácil de ser constatado. Basta ler os artigos aqui publicados. Inclusive, a frase e o sentimento da atriz estão contemplados na página inicial, quando é declarada a razão de ser desse blog. Não pense que esse destaque é pelo fato de se tratar de uma CELEBRIDADE. Não! De jeito nenhum. Artigos semelhantes, e maiores, já fórum escritos várias vezes por mim, ora destacando a atitude de um pacífico motorista de taxi; ora exaltando o zelo de uma idosa muito simples,   que sempre tinha uma palavra amiga orientando às pessoas quando a situação exigia; ora de um adulto desconhecido, ao ter agido prudentemente em um incidente na rua, que tendia a gerar um conflito; ora de um operário que achou dinheiro no aeroporto e procurou localizar o dono para devolver; por último, de um pedreiro que ajudou a construir a sede do Congresso Nacional. Entendo que toda e qualquer pessoa, seja ela quem for, inclusive celebridade, que tenha procedimento nobre, no sentido de nobreza da alma, visando a felicidade da criatura humana e a paz social, merece ser elogiada e divulgada. Por fim, transcrevo a seguir algumas afirmações de celebridades que encontrei em entrevistas ou reportagens. Acredito que todas elas, de alguma forma, colaboram com o sentimento de mudanças positivas do nosso novo Brasil. Eis parte delas: a) Carolina Dieckmann, na visão das colegas: “é o tipo de amiga que faz você olhar os problemas pelo lado positivo”; “ela é transparente e direta na forma de agir”; “não enrola e nem faz média, sendo sincera quando não gosta de algo”.  “é uma mãe incrível, acompanha os deveres do filho e acorda cedo para vê-lo ir à escola”; b) Aline Moraes: ”Para mim, beleza é acima de tudo confiança e bem-estar; c) Danuza Leão: Se não sei quem sou, quem vai saber? d) .Walt Disney:  “Não durmo para descansar: durmo para sonhar”;  e) Lya Luft: “Talvez felicidade seja uma harmonia com nós mesmos, com os outros, com o mundo”. f) Ator Marco Nanini; “Estou me preparando para quando o sucesso se retirar”; g) Regina Duarte, na matéria dos seus 60 anos, advertindo sobre os cuidados que se deve ter nas finanças pessoais, pois o desejo de comprar mais e mais, acaba levando a pessoa a trabalhar quase 24h por dia para sustentar o padrão, prejudicando sobremaneira a sua qualidade de vida; h) Fátima Bernardes, Angélica, Tony Ramos e Glória Pires, sempre exaltando a vida conjugal duradoura e aproveitando toda a oportunidade para exaltar e defender a vida familiar; i) Marcos Palmeira, atuando fortemente na defesa e na necessidade de uma plantação de alimentos simplesmente orgânicos. Como já foi dito, sempre me deparo com celebridades que afirmam algo significativo, digno de ser apreciado e divulgado. Essas afirmações não eram comuns em décadas anteriores. Trata-se de um novo Brasil em construção, com a participação de todos os segmentos sociais. Seja ele qual for, inclusive das celebridades artísticas.



José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O exemplar e digno José


É preciso muita sensibilidade para perceber a grandeza de uma atitude que, mesmo revestida de simplicidade, traz em si muito significado, tornando-se, por isso mesmo, de extremo valor. Refiro-me a José Silva Guerra, pedreiro e mestre de obras que ajudou a construir Brasília. Um de seus trabalhos foi a construção do Congresso Nacional, onde abrigaria os Deputados Federais e os Senadores da República. Portanto, lugar de gente “importante”; lugar onde iriam ser tomadas as decisões mais importantes sobre a vida e o destino dos brasileiros. Pois esse humilde Operário, atendendo o desejo do seu coração e apaziguando a sua preocupação com o futuro do Brasil, teve a iniciativa de chamar a atenção dos políticos que ali fossem trabalhar e, em forma de oração a Deus, deixou, na parede do subsolo do Congresso Nacional, a seguinte frase, aliás, o precioso pensamento: “Que os homens de amanhã que aqui vierem tenham compaixão dos nossos filhos e que a lei se cumpra”. Como se percebe esse homem era um sábio. Não tinha muito conhecimento, mas era dotado de uma admirável sabedoria. Um verdadeiro estadista, com visão e responsabilidade social bem superior a muitos “letrados” e “poderosos” que passariam e passaram pela maior casa legislativa do país, ou lá ainda estão. A descoberta dessa frase serviu de ânimo para muita gente, por isso foi bastante divulgada, tanto pessoalmente, como pela internet, chegando ao ponto de ser transmitida por todos os meios de comunicação. O Brasil inteiro tomou conhecimento e o mundo sentiu que existe, e muito, brasileiros sérios, capazes de honrar a cidadania, semelhantes aos cidadãos de primeiro mundo. É pena que, em meio a isso, a Presidência do Congresso Nacional não acatou a sugestão de tornar aberto ao público para visitação o local onde a frase foi escrita. Foi alegada uma série de dificuldades, inclusive de segurança, para justificar a recusa. O interessante é que, no mesmo período da descoberta, foi aberta ao público uma Galeria com a foto de todos os que foram Presidentes do Brasil, com informações sobre cada um, mas quando chegou na foto do ex-presidente Fernando Collor de Melo, foi propositadamente excluída a informação sobre a sua cassação pelo Congresso, por pressão do povo, diante de tanta corrupção em seu governo. O pior foi a explicação da omissão: “não consideramos essa informação necessária”. Por pressão da opinião pública, a cassação foi incluída no texto. Com a relação ao pensamento do nobre pedreiro José, a explicação da recusa de acesso ao local pelo público, foi muito estranha: “problema de segurança”. A conclusão que pode ser tirada de tudo isso, é que, para os ocupantes do Congresso Nacional “a histórica cassação por pressão do povo” e a “a genuína expressão patriótica de um exemplar cidadão brasileiro” não têm significado suficiente para justificar a sua divulgação e o seu engrandecimento. Mas vamos voltar para o valoroso José. Ele nos ensinou três grandes lições: a) defender e engrandecer a Pátria não depende de ter ou não poder, mas de sentimentos, valores éticos e morais, do caráter da pessoa; b) a pessoa deve aproveitar toda e qualquer oportunidade que surgir para divulgar pensamentos e ações construtivas; c) a nossa preocupação não deve se limitar apenas aos afazeres e propósitos pessoais, deve ir mais além, ao bem estar do outro e da sociedade. Identificaram quem era esse tal de José. Era cearense e foi possível localizar sua família. Entrevistaram sua filha, Francisca, uma enfermeira de 41 anos. Ela confirmou: ele era um pai muito bom; trabalhou muito em Brasília para sustentar a família no Ceará; preocupava-se com o Brasil e alimentava a esperança de dias melhores para todos; morreu em 16 de setembro de 2010 e iria ficar muito feliz se soubesse que a sua frase serviu de exemplo e inspiração para tantas pessoas. Que Deus o tenha no céu, abençoe a sua família e multiplique as pessoas iguais a ele.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com